As Brumas do Futuro

Sim, foi assim que a minha mão
Surgiu de entre o silêncio obscuro
E com cuidado, guardou lugar
A flor dá primavera e a tudo

Manhã de abril
E um gesto puro
Coincidiu com a multidão
Que tudo esperava e descobriu
Que a razão de um povo inteiro
Leva tempo a construir

Ficamos nós
So a pensar
Se o gesto fora bem seguro

Ficamos nós
A hesitar
Por entre as brumas do futuro

A outra ação prudente
Que termo dava
A solidão dá gente
Que desesperava
Na calada e fria noite
De uma terra inconsolável

Adormeci
Com a sensaçãoo
Que tinhamos mudado o mundo
Na madrugada
A multidão
Gritava os sonhos mais profundos

Mas além disso
Um outro breve início
Deixou palavras de ordem
Nós muros dá cidade
Quebrando as leis do medo
Foi mostrando os caminhos
E a cada um a voz
Que a voz de cada era
A sua voz
A sua voz



Credits
Writer(s): Pedro Ayres Fer Magalhaes, Antonio Vitorino De Almeida
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