Canção Agalopada

Foi um tempo que o tempo não esquece
Que os trovões eram roucos de se ouvir
Todo um céu começou a se abrir
Numa fenda de fogo que aparece

O poeta inicia sua prece
Ponteando em cordas e lamentos
Escrevendo seus novos mandamentos
Na fronteira de um mundo alucinado

Cavalgando em martelo agalopado
E viajando com loucos pensamentos
Cavalgando em martelo agalopado
E viajando com loucos pensamentos

Sete botas pisaram no telhado
Sete léguas comeram-se assim
Sete quedas de larva e de marfim
Sete copos de sangue derramado

Sete facas de fio amolado
Sete olhos atentos, encerrei
Sete vezes, eu me ajoelhei
Na presença de um ser iluminado

Como um cego fiquei tão ofuscado
Ante o brilho dos olhos que olhei
Como um cego fiquei tão ofuscado
Ante o brilho dos olhos que olhei

Pode ser que ninguém me compreenda
Quando digo que sou visionário
Pode a bíblia ser um dicionário
Pode tudo ser uma refazenda

Mas a mente talvez não me atenda
Se eu quiser novamente retornar
Para o mundo de leis me obrigar
A lutar pelo erro do engano

Eu prefiro um galope soberano
À loucura do mundo me entregar
Eu prefiro um galope soberano
À loucura do mundo me entregar



Credits
Writer(s): Jose Ramalho Neto
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link