A história de Zé Passarinho

Pela saída que tem
Da vadiagem alguém
Chamou-lhe o Zé Passarinho
Fala em verso e as mulheres ao fim de duas colheres
Leva-as no bico p'ró ninho

Sabe os fados do Alfredo
Rima que até mete medo
Nesta função é doutor
Tem os tiques de fadista
Mão no bolso, lenço e risca
Baixem a luz por favor

Uma triste noite ao frio
Cantava-se ao desafio para aquecer as paixões
Quando um estranho se levanta
Para mostrar como se canta
Faz-se à Rosa dos Limões

E o povo ficou sentido
Com aquele destemido
Hás de morrer engasgado
Palavra puxa palavra desata tudo à estalada
Com o posto ali ao lado

Nem foi preciso a carrinha
Tudo na sua perninha numa linda procissão
Das perguntas com carinho ficou preso o Passarinho
Só para investigação

Nasce o dia atrás da Sé
E ninguém arreda pé
Nem por dó, nem por esmola
O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado
Passarinho na gaiola

Nasce o dia atrás da Sé
E ninguém arreda pé
Nem por dó, nem por esmola
O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado
Passarinho na gaiola

O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado
Passarinho na gaiola
O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado
Passarinho na gaiola



Credits
Writer(s): Joao Manuel Gil Lopes, Joao Monge
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