Instrumento da Raça

Por onde andei ouvi falar do Ilê Aiyê
Busquei nos versos um alento, um amor
Nos quatro cantos, num só canto uma nação
Falou mais alto, pois o negro não cansou

Ilê é forte, faz a terra até tremer
As nossas lágrimas no oceano se tornou
Ah, vi mulheres muito tristes a implorar
Por um carinho encontrar um desamor

Eu sou Ilê (Eu sou Ilê)
Eu sou Ilê Aiyê (Sou Ilê Aiyê)
(Sou instrumento da raça)
(Eu sou negro cultura, sou do Ilê Aiyê)

Eu sou Ilê (Eu sou Ilê)
Sou Ilê Ilê Ilê Ilê Aiyê (Sou Ilê Aiyê)
(Sou instrumento da raça)
(Eu sou negro cultura, sou do Ilê Aiyê)

Faca de ponta de dois gume nos feriu
Rasgando o peito, perfurando os corações
Jorrando sangue, sobre a terra o pó do homem
Homem de garra, estrutura Ilê Aiyê

Na plama da mão

Dez anos se foram como se fossem dez dias
No dia a dia o Ilê Aiyê se consagrou
E hoje junto a este bloco podem ver
A alegria que tudo superou

Eu sou Ilê, eu sou (Eu sou Ilê)
Eu sou Ilê Aiyê (Sou Ilê Aiyê)
(Sou instrumento da raça)
(Eu sou negro cultura, sou do Ilê Aiyê)

Eu sou Ilê, eu sou (Eu sou Ilê)
Eu sou Ilê Aiyê (Sou Ilê Aiyê)
Nossa senhora!
(Sou instrumento da raça)
(Eu sou negro cultura, sou do Ilê Aiyê)

Faca de ponta de dois gumes nos feriu
Rasgando o peito, perfurando os corações
Jorrando sangue, sobre a terra o pó do homem
Homem de garra, estrutura Ilê Aiyê

Dez anos se foram como se fossem dez dia
No dia a dia o Ilê Aiyê se consagrou
E hoje juntos a este bloco podem ver
A alegria que a tudo superou

Eu sou Ilê, eu sou (Eu sou Ilê)
Eu sou Ilê Aiyê (Sou Ilê Aiyê)
(Sou instrumento da raça)
(Eu sou negro cultura, sou do Ilê Aiyê)

Eu sou Ilê, eu sou
Na palma da mão, na palma da mão (Eu sou Ilê)
Eu sou Ilê Aiyê (Sou Ilê Aiyê)
(Sou instrumento da raça)
(Eu sou negro cultura)...



Credits
Writer(s): Edna Da Silva Medeiros
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