Imenso

Ai como eu quero viver no plural
Este singular é pior que mal
Cavaleiro ignoto na eternidade
Exílio nos mares da minha saudade

Ignorar em mim a maior solidão
Mesmo na rua sem tecto nem chão
Enganar o espelho com retratos de mim
Não tenham certezas, eu não sou assim...

Deixado no espaço esquecido pelo mundo
Não tenho cansaço, sou eco profundo
Quero ser plural, crescente, minguante
Viver num segundo o eterno instante

Não tenham certezas, eu não sou assim
Não tenham certezas, eu não sou assim
Não tenham certezas, eu não sou assim
Não tenham certezas, eu não sou assim

Nascer larva, morrer borboleta
Lagarta crisálida de cor violeta, ser águia, luar
Com mãos de veludo, desta saudade
De nunca ser tudo

Lembrar de Deus a voz num jardim imenso
Ser poeta do espaço, do ser que me penso
Ser do oriente da ave que me espalha
Trazer comigo a luz numa medalha

Deixado no espaço esquecido pelo mundo
Não tenho cansaço, sou eco profundo
Quero ser plural, crescente, minguante
Viver num segundo o eterno instante

Deixado no espaço esquecido pelo mundo
Não tenho cansaço, sou eco profundo
Quero ser plural, crescente, minguante
Viver num segundo o eterno instante

Não tenham certezas, eu não sou assim
Não tenham certezas, eu não sou assim
Não tenham certezas, eu não sou assim
Não tenham certezas, eu não sou assim



Credits
Writer(s): Paulo Braganca, Jose Cid
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