Maldição

Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido
Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos

Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos

Por ti sofro e vou morrendo
Não te encontro, nem te entendo
A mim odeio sem razão
Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?

Nesta luta, esta agonia
Canto e choro todo dia
Sou feliz e desgraçada
Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo... e não tens nada

Oh gelada solidão
Que tu me dás coração
Não é vida, nem é morte
É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte

É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte

É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte

Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos

É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte

Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos

Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos



Credits
Writer(s): Armando Vieira Pinto, Joaquim Campos
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