Palmeira do Deserto

Maçã caiu no chão, olha só a gravidade
Raio caiu na terra, temos a eletricidade
Maçã caiu no chão, olha só a gravidade
Raio caiu na terra, temos a eletricidade

Morceguinho voou, inventaram o radar
Passarinho voou, voou, voou, inventaram o avião
Morceguinho voou, inventaram o radar
Passarinho voou, voou, voou, inventaram o avião

Ão-ão-ão, da farinha se faz pão
Da areia se faz vidro, do cachorro faz sabão
(Tadinho do cachorrinho)

Ão-ãh-ão-ãh-ão, da farinha se faz pão
Da areia se faz vidro
E da luz faz assumpção

Complicado é ser simples
É simples ser complicado
O futuro tá na frente
Mas pode tá do seu lado

Complicado é ser simples
É simples ser complicado
Um segundo no presente
Já virou o seu passado

Não é maldito, o negro Ditto
Não é mal Ditto, o preto Brás
Ele é bendito, São Benedito
A pedra, o mar

Não é maldito, o negro Ditto
Não é mal Ditto, o preto Brás
Ele é bendito, São Benedito
A pedra, o mar

Caô, cabê, silê (caô cabê silê, caô, cabê)
Caô, cabê, silê (caô, cabê, silê)
Caô, cabê, silê (caô, cabê, silê)
Caô, cabê, silê (caô, cabê, silê, caô, cabê)
(Caô, cabê, caô, cabê, silê)

Para definir uma grandeza infinita
Eu ponho um oito na horizontal
E o divido por um

Para definir o infinitamente pequeno (caô)
Eu ponho o um (cabê silê)
E o divido pelo mesmo oito na horizontal
(Caô)
Nada mostra o que queremos expressar (cabê silê)

A grandeza infinita é o cosmos
E o infinitamente pequeno
É a partícula do átomo

Eu posso definir o infinito sem entendê-lo
Quando eu não entendo o que defino (caô)
Eu me aproximo do que chamam poesia (cabê, silê)

E então, a poesia se revela (caô)
Muito mais próxima da vida (cabê, silê)
Do que parece

Não é maldito, o negro Ditto
Não é mal Ditto, o preto Brás
Ele é bendito, São Benedito
A pedra, o mar