9 Da Manha
nove da manhã / acordo, me levanto e dou bom dia pro
vietnã / pago um banho / vou tomar café/ tô de lazer,
nada pra fazer, vou dar um rolé/ tênis no pé, camiseta,
bermudão, agradeço pelo dia antes de sair pelo portão,
fugindo do tédio, na escada do prédio, vou descendo e
pensando qual vai ser meu remédio que possa me ajudar
a despertar/ decidi ir à praia, tomar um banho de mar
pra purificar/ acreditei, (eu) entrei no carro, liguei
o som, meti um pancadão que eu me amarro / o sol tá
quente, os onibus passando cheio de gente, a rua tava
lotada e eu só segui em frente / o calor derretia o
asfalto / na pista vários carros com o som batendo
alto / ouvindo rap, funk, a trilha original / o dia
parecia que fluía na moral / (vai vendo a cena) /
peguei a avenida ayrton senna, marquei no posto 7 com
os amigos em ipanema, sem problema, se não fosse o
engarafamento, trânsito parado num horário virulento /
aquela manhã que tava nota dez, foi ficando embassada e
resultado em stress / os carros não andavam, os loucos
buzinavam, uma poluição sonora que incomodava / me
animava em saber que a praia estava cheia / com várias
de biquíni desfilando na areia / mas não, minha
realidade não era essa / tava no miolo com os loucos,
cheios de pressa, a pista andava meio metro por
minuto, parecia que a demora ia deixando todo mundo
puto / foi a brecha pra doidão vacilar / mulher
alcoolizada começando a surtar / discussão cinco
carros no engavetamento / fez parar de vez o que já
estava andando lento / e no talento fechei o vidro e
liguei o ar, vendo o tempo degelar, meu gás tava pra
acabar / no quentão, o carro na reserva, eu de bico
seco vi geral bebendo cerva / queimando erva / indo
pro banco de trás brincar de adão e eva / e eu boladão
/ todo suado, assando no forno, esperando uma chance de
fazer o retorno / e ir pra casa, só se meu carro
criasse asa / o sol tava torrando o asfalto feito
brasa / mais uma vez embarquei numa furada / saí com o
objetivo de me divertir, e até agora nada, até o tempo
foi fechando, nuvens carregadas foram se aproximando /
um grande temporal foi se armando, o tempo virando, céu
escurecendo, já tinha cancelado meu programa sem saber
o que tava acontecendo / várias pessoas correndo, vai
vendo / os carros abandonados porque avisaram que um
caminhão de cerveja tinha virado / eu fico pirado,
quando penso no valor da vida / que se arrisca por uma
garrafa de bebida / vários transeuntes atacaram o
caminhão da skol / que já não contava mais com o
brilho do sol / que deu espaço a uma grande tempestade
/ que se preparava pra cair, os "homens" já estavam na
localidade fazendo disparo pro alto pedindo ao povo
pra sair / ninguém saía / tinha gente que tava cortada
e sorria / e eu no carro não via motivos pra alegria /
policiais se embolaram no meio, se sujaram de cerveja
e deixando o camburão cheio (que feio)/ eu pensava no
volante / que a minha praia se desconstruiu por um
instante / botei o côco na janela, olhei pro céu e
perguntei / o que mais poderia me acontecer? / a
gasolina acabou, o carro morreu, geral me xingou e
começou a chover / começou a chover / hoje eu vou me
vietnã / pago um banho / vou tomar café/ tô de lazer,
nada pra fazer, vou dar um rolé/ tênis no pé, camiseta,
bermudão, agradeço pelo dia antes de sair pelo portão,
fugindo do tédio, na escada do prédio, vou descendo e
pensando qual vai ser meu remédio que possa me ajudar
a despertar/ decidi ir à praia, tomar um banho de mar
pra purificar/ acreditei, (eu) entrei no carro, liguei
o som, meti um pancadão que eu me amarro / o sol tá
quente, os onibus passando cheio de gente, a rua tava
lotada e eu só segui em frente / o calor derretia o
asfalto / na pista vários carros com o som batendo
alto / ouvindo rap, funk, a trilha original / o dia
parecia que fluía na moral / (vai vendo a cena) /
peguei a avenida ayrton senna, marquei no posto 7 com
os amigos em ipanema, sem problema, se não fosse o
engarafamento, trânsito parado num horário virulento /
aquela manhã que tava nota dez, foi ficando embassada e
resultado em stress / os carros não andavam, os loucos
buzinavam, uma poluição sonora que incomodava / me
animava em saber que a praia estava cheia / com várias
de biquíni desfilando na areia / mas não, minha
realidade não era essa / tava no miolo com os loucos,
cheios de pressa, a pista andava meio metro por
minuto, parecia que a demora ia deixando todo mundo
puto / foi a brecha pra doidão vacilar / mulher
alcoolizada começando a surtar / discussão cinco
carros no engavetamento / fez parar de vez o que já
estava andando lento / e no talento fechei o vidro e
liguei o ar, vendo o tempo degelar, meu gás tava pra
acabar / no quentão, o carro na reserva, eu de bico
seco vi geral bebendo cerva / queimando erva / indo
pro banco de trás brincar de adão e eva / e eu boladão
/ todo suado, assando no forno, esperando uma chance de
fazer o retorno / e ir pra casa, só se meu carro
criasse asa / o sol tava torrando o asfalto feito
brasa / mais uma vez embarquei numa furada / saí com o
objetivo de me divertir, e até agora nada, até o tempo
foi fechando, nuvens carregadas foram se aproximando /
um grande temporal foi se armando, o tempo virando, céu
escurecendo, já tinha cancelado meu programa sem saber
o que tava acontecendo / várias pessoas correndo, vai
vendo / os carros abandonados porque avisaram que um
caminhão de cerveja tinha virado / eu fico pirado,
quando penso no valor da vida / que se arrisca por uma
garrafa de bebida / vários transeuntes atacaram o
caminhão da skol / que já não contava mais com o
brilho do sol / que deu espaço a uma grande tempestade
/ que se preparava pra cair, os "homens" já estavam na
localidade fazendo disparo pro alto pedindo ao povo
pra sair / ninguém saía / tinha gente que tava cortada
e sorria / e eu no carro não via motivos pra alegria /
policiais se embolaram no meio, se sujaram de cerveja
e deixando o camburão cheio (que feio)/ eu pensava no
volante / que a minha praia se desconstruiu por um
instante / botei o côco na janela, olhei pro céu e
perguntei / o que mais poderia me acontecer? / a
gasolina acabou, o carro morreu, geral me xingou e
começou a chover / começou a chover / hoje eu vou me
Credits
Writer(s): Alex Pereira Barboza, Dj Luciano
Lyrics powered by www.musixmatch.com
Link
© 2024 All rights reserved. Rockol.com S.r.l. Website image policy
Rockol
- Rockol only uses images and photos made available for promotional purposes (“for press use”) by record companies, artist managements and p.r. agencies.
- Said images are used to exert a right to report and a finality of the criticism, in a degraded mode compliant to copyright laws, and exclusively inclosed in our own informative content.
- Only non-exclusive images addressed to newspaper use and, in general, copyright-free are accepted.
- Live photos are published when licensed by photographers whose copyright is quoted.
- Rockol is available to pay the right holder a fair fee should a published image’s author be unknown at the time of publishing.
Feedback
Please immediately report the presence of images possibly not compliant with the above cases so as to quickly verify an improper use: where confirmed, we would immediately proceed to their removal.