Pisando Em Praça de Guerra

Dezesseis de fevereiro
Data de meu nascimento
Soprou naquele momento
No mundo um vento maneiro
Eu nu, pequeno e ronceiro
Chorando de sede e fome
Papai me botou um nome
Mamãe me abraçou primeiro

Um doutor falou ligeiro
Depois que eu tinha chorado
Esse nasceu tarimbado
Pra ser mestre cirandeiro
Um doutor falou ligeiro
Depois que eu tinha chorado
Esse nasceu tarimbado
Pra ser mestre cirandeiro

Cantando eu trago o trator
O ferro, a pedra, a madeira
O guindaste, a britadeira
O prego, o martelo, a lima
Quem de mim se aproxima
Vê mil homens trabalhando
Sangue e suor derramando
Pra construir com estima

Um edifício de rima
Todo de concreto armado
Pra eu subir e ficar sentado
Olhando o mundo de cima
Um edifício de rima
Todo de concreto armado
Pra eu subir e ficar sentado
Olhando o mundo de cima

Com armas de ferro e aço
Escutando e vendo tudo
Meu batalhão carrancudo
Invade os costais da serra
Ouvindo o canhão que berra
Botando a cara em trincheira
Metendo os pés na ladeira
Aonde a mina se enterra

Pisei na praça de guerra
Estou no campo de batalha
E a minha boca metralha
Balas de rima na terra
Pisei na praça de guerra
Estou no campo de batalha
E a minha boca metralha
Balas de rima na terra



Credits
Writer(s): Sergio Roberto Veloso De Oliveira
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link