O Ciúme

Dorme o sol à flor do Chico, meio dia, tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia, só vigia um ponto negro: o meu ciúme

O ciúme lançou sua flecha preta e se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre, nem triste, nem poeta, entre Petrolina e Juazeiro canta

Velho Chico, vens de Minas, de onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
E eu sou só eu só eu só eu

Juazeiro, nem te lembras desta tarde, Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas na voz que canta tudo ainda arde, tudo é perda, tudo quer buscar, cadê?

Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala, paira monstruosa a sombra do ciúme



Credits
Writer(s): Emanuel Viana Teles Veloso Caetano
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