Asa Branca / A Volta Da Asa Branca (Ao Vivo)

Quando olhei a terra ardendo
Com a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação?
Eu perguntei (a Deus do céu, ai)
(Por que tamanha judiação?)

Que braseiro, que fornalha
Nenhum pé de plantação
Por falta d'água, perdi meu gado
Morreu de sede, meu alazão
(Por falta d'água, perdi meu gado)
(Morreu de sede, meu alazão)

'Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce' eu disse: Adeus, Rosinha
Guarda contigo, meu coração
(Entonce' eu disse: Adeus, Rosinha)
(Guarda contigo, meu coração)

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chore, não, viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração?
(Eu te asseguro, não chore, não, viu?)
(Que eu voltarei, viu, meu coração?)

E o caboco voltou mesmo, menino
Quando ele soube que 'tava relampiando'
Que 'tava trovejando, ele disse: Vou-me embora

Vou plantar minha rocinha, vai vim inverno no sertão
Oxe, Rosa tá me esperando
Caboca sertaneja não faia' no trato

Desarmou a rede, fez a amarra, botou nas costas
Tacou apracata' com rulepe no pé
E na cadência das apracata'

Pataca cruzada, com rulepe
Pataca cruzada, com rulepe
Com rulepe, com rulepe, com rulepe

Ele se lembrou de Rosa
Se houver inverno
Vou dar a maior casada do mundo

Rosa tá me esperando, com rulepe
Pataca cruzada, com rulepe, com rulepe
Caboca sertaneja não faia' no trato

E no meu rancho
Com essa coragem que eu tenho pra trabaiá'
Não vai fartar' nada, não vai faltar arroz, mi', feijão
Não vai faltar macaxeira, jerimum, oxen!

Não vai fartar' amor, nem menino
Pra encurtar a viagem
Ele cantou A Volta Da Asa Branca

Já faz três noites que, pro Norte, relampeia
Asa branca, ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas e voltou pro meu sertão
Ai, ai, eu vou-me embora, vou cuidar da prantação')
(Já bateu asas e voltou pro meu sertão
(Ai, ai, eu vou-me embora, vou cuidar da prantação')

A seca fez eu desertar da minha terra
Mas, felizmente, Deus agora se alembrou'
De mandar chuva pra esse sertão sofredor
Sertão das muié' séria, dos homens trabaiador'
(De mandar chuva pra esse sertão sofredor)
(Sertão das muié' séria, dos homens trabaiador')

Sentindo a chuva, eu me arrescordo' de Rosinha
A linda fror' do meu sertão pernambucano
E se a safra não atrapaiá' meus pranos'
Que que há aí, ô, seu vigário? Vou casar no fim do ano
(E se a safra bão atrapaiá' meus pranos')
Que que há aí, Frei Damião?
Vou casar na suas missão que é mais barato



Credits
Writer(s): Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga, Zé Dantas, Zedantas
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