Capim de Ribanceira

Na madrugada e eu na beira da estrada
A lua cheia e minguada e de repente
Apareceu um cavaleiro de bota e chapéu de couro
Me lembrando o velho mouro
E lá fiquemos ele e mais eu

Cruzou os pés, apiou do seu cavalo
Deixou a rédia num talo de uma roseira sem flor
Diz que seguia pelo mundo solitário
E quebrava todo galho apartando a dor

Quem não ouviu falar
Quem não quis conhecer
Aquele cavaleiro que vive pelas fronteiras
Divulgando a reza brava
Do capim de ribanceira
Aquele cavaleiro que vive pelas fronteiras
Divulgando a reza brava
Do capim de ribanceira

Enquanto o bule de café bulia
A brasa da fogueira refletia o seu olhar
Eu pude ver
Que ele sabia coisa até do outro mundo
E essa noite eu fui aluno do seu estranho poder
Com sete pontas de uma rama trepadeira e uma
Arruda e a piteira
O meu corpo ele tocou
Naquele instante me bateu uma zonzeira e
E duma tosse cuspideira o velhinho me livrou

E quem não ouviu falar
Quem não quis conhecer
Aquele cavaleiro que vive pela fronteira
Divulgando a reza brava
Do capim de ribanceira
Aquele cavaleiro que vive pelas fronteiras
Divulgando a reza brava
Do capim de ribanceira



Credits
Writer(s): Almir Sater, Paulo Simões
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