Triste Sina

Mar de mágoas sem marés
Onde não há sinal de qualquer porto
De lés a lés o céu é cor de cinza
E o mundo desconforto

No quadrante deste mar, que vai rasgando
No horizonte, sempre venta a minha frente
Há um sonho agonizando
Lentamente, tristemente

Mãos e braços, para que
E para que, os meus cinco sentidos
Se a gente não se abraça e não se vê
Ambos perdidos

Nau da vida que me leva
Naufragando em mar de treva
Com meus sonhos de menina
Triste sina

Pelas rochas se quebrou
E se perdeu aonde leva este sonho
Depois ficou uma franja de espuma
A desfazer-se em bruma

No meu jeito de sorrir ficou vingada
A tristeza, de por ti, não ser mais nada
Meu senhor de todo o sempre
Sendo tudo, não és nada

Mãos e braços, para que
E para que, os meus cinco sentidos
Se a gente não se abraça e não se vê
Ambos perdidos

Nau da vida que me leva
Naufragando em mar de treva
Com meus sonhos de menina
Triste sina



Credits
Writer(s): Jeronimo Pereira Braganca, Carlos De Melo Garcia Sousa
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