Fuá Na Casa de Cabral

Naquele Brasil antigo
Perdido no desengano
Seu Cabral chegou nadando
E não preocupou com nada

Deu ordem a rapaziada
Mandou varrer o terreiro
Me chame o pai do chiqueiro
Que hoje eu quero forró
Toré, samba, catimbó
Que eu já virei brasileiro

Foi gente de todo tipo
Na festa de seu Cabral
Português de Portugal
Raceado no Oriente

Negão bebeu aguardente
Caboclo foi na Jurema
Seu Cabral pediu um tema
Danou-se a cantar poesia
Até amanhecer o dia numa viola pequena

No fim da festa e da farra
Cabral não sentiu preguiça
Mandou logo rezar a missa pra ficar aliviado

Chamando o padre apressado
Mandou começar ligeiro
Botando ordem no terreiro
Com seu maracá na mão
Jurando pelo alcorão que era crente verdadeiro

Mas na hora da verdade
Quando passou a cachaça
Seu Cabral sentou na praça
Caiu na reflexão

Disse: Esta situação
Sei que nunca mais resolvo
Então falou para o povo
Juro que me arrependi
O Brasil que eu descobri
Queria cobrir de novo



Credits
Writer(s): Sergio Oliveira, Helder De Vasconcelos E Silva
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