A Cidade e a Neblina

Na neblina, a cidade amanheceu
Sonolenta como os últimos boêmios
E os primeiros trabalhadores matinais
Com seus gorros, capotões e cachecóis

A neblina dá uma certa imprecisão
A paisagem fica sem definição
As capelas e os velhos casarões
Na neblina ficam sobrenaturais

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido

Na neblina os rochedos pelo mar
São terríveis para quem for navegar
O aeroporto, então, acende os faróis
E não descem, e não sobem aviões

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce...



Credits
Writer(s): Guilherme Arantes
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