Não Aguento Mais

Não aguento mais ver-te assim a chorar (Não)
Ver as crianças com fome no olhar
Não aguento mais não te poder ajudar
Mas mesmo assim eu vou tentar
Fazer por ti, por quem precisar (Ai eu vou)

Ficar mais atento a quem passa necessidades
Não olhar de lado para quem à muito perdeu a dignidade
Pela má sorte ou pelo acaso
P'a quem já não pode viver à vontade
Pois mais um pobre coitado
Pela morte foi marcado (Foi)

Onde já ninguém o pode tirar
E são cenas destas que custam a passar
Ai o sistema tenta disfarçar, esconder, não falar
Mas não, não, não me vão calar

Pois as crianças choram sangue
E elas, elas imploram uma chance
E o sistema ignora e vai gozando
Que da vossa hora entretem

Pois pudera, é difícil
Ver estas guerras a levar o meu people
E o que eu quero é quase impossível
É good vibe

Não aguento mais ver-te assim a chorar (Não)
Ver as crianças com fome no olhar
Não aguento mais não te poder ajudar
Mas mesmo assim eu vou tentar
Fazer por ti, por quem precisar, ai eu vou

Vou aprender a dar razão e a respeitar
Quem vive a correr atrás de um pão que pode não chegar
Sempre a sofrer, sem solução e sem avistar
Um sorriso p'ro amanhã, por isso eu vou

Vou perceber e dar a mão a quem precisar
E só se eu não poder é que eu não te vou ajudar
E vou fazer com que a minha ação te faça avistar
Um sorriso p'ro amanhã

E não vai haver mais dor nem sofrimento
Só vai haver amor que guardo cá dentro
Então diz adeus à dor e a todos os lamentos
Tudo vai ser melhor, de impostos vais estar isento

E que bom que era não ser difícil
Não haver mais guerras p'ra levar o meu people
E tudo o que eu quero já não ser impossível
Ser good vibe

Não aguento mais ver-te assim a chorar, não
Ver as crianças com fome no olhar
Não aguento mais não te poder ajudar
Mas mesmo assim eu vou tentar
Fazer por ti, por quem precisar, ai eu vou

Não aguento mais ver-te assim a chorar, não
Ver as crianças com fome no olhar
Não aguento mais não te poder ajudar
Mas mesmo assim eu vou tentar
Fazer por ti, por quem precisar, ai eu vou

Por mim mais nenhuma criança chora
Nem há mais gente morta que o sistema ignora
E deixa à nora quando elas passam fome
Vira-lhes as costas e vão se embora
Porque é que o poder o people explora
E não se importa se o azar lhes bate à porta
O ordenado está como a água e a luz, lhes corta
Isto não passa de ser batota, já me sufoca
Assim na cabeça a andar à roda, tal como a vida desses tropas
Que dia a dia lutam para teres o que tens agora e nem notas
Contando anedotas e nem notas



Credits
Writer(s): Bernardo Correia Ribeiro De Costa
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