Vertigem

Eu sou o que me pede o coração
Na hora que a saudade me desperta
E me deixa sem razão

Desenho o teu rosto na paisagem
Na face escura da cidade
Te contemplo com a mesma paixão

Como se o último beijo fosse o primeiro
Como um romance, um cinema
Assisto ao drama impossível
Sem querer me entregar a vertigem de perder-te

Te foste como as cores de uma velha aquarela
Deixaste tantas sombras, samambaias na janela
Que na lembrança ainda me refazem
Me devolvem teu perfume

Se o passado é tão presente
Em cada instante, cada cena
Não é passado, é somente
Minha vida que estancou

E como louca, ouço valsas
Noites, beijos na varanda
Tua voz dizer-me coisas
És um soneto antigo

Te foste como as cores de uma velha aquarela
Deixaste tantas sombras, samambaias na janela
Que na lembrança ainda me refazem
Me devolvem teu perfume

Se o passado é tão presente
Em cada instante, cada cena
Não é passado, é somente
Minha vida que estancou

E como louca, ouço valsas
Noites, beijos na varanda
Tua voz dizer-me coisas
És um soneto antigo



Credits
Writer(s): Caio Silvio Braz Peixoto Da Silva, Graccho Silvio Da Silva
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