O Julgamento

Silêncio, que o réu tem algo a dizer em sua defesa

Sempre quando eu voltava para o lar
Ela ia me esperar toda tarde no portão
E num abraço, me beijando com ternura
Me apertava com loucura, provocando a emoção

O nosso quarto se enchia de amor
E os abraços o calor do seu corpo me acendia
E de repente, sem censura ou preconceito
Ela me dava o direito de lhe amar como eu queria

Momentos que eu vivi
Noites que eu não esqueci
Momentos que eu vivi
Noites que eu não esqueci

Mas um dia, ao voltar pra casa cedo
Ao entrar eu tive medo, algo não estava bem
Em nossa cama aquela quem eu mais amava
Totalmente se entregava nos braços de outro alguém

Desesperado pelo golpe que sofri
Nem se quer eu percebi que atirava sem parar
Ao ver os corpos abraçados e sem vida
Vi nascer uma ferida no meu peito a machucar

Naquela hora, como eu sofri
De certa forma, eu também morri
Naquela hora, como eu sofri
De certa forma, eu também morri

Senhor juiz, eu peço a sua atenção
Para a minha explicação, minha única defesa
Naquela hora eu estava inconsciente
Mas agora no presente, não suporto essa tristeza

Como agiria a cada um que me condena
Se assistisse a mesma cena, estando ali em meu lugar
Por isso eu peço ouvir o grito da razão
Ninguém sofre uma traição e se cala pra pensar

Naquela hora, como eu sofri
De certa forma, eu também morri
Naquela hora, como eu sofri
De certa forma, eu também morri

Naquela hora, como eu sofri
De certa forma, eu também...



Credits
Writer(s): Sebastiao Silva, Walter Jose De Souza
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