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E então veio 1985 e o sonho por liberdade voltou.
E por todas as ruas o povo gritava louco por Diretas já.
Já era hora se fez o tempo, aqueles tempos foram escuros demais.
Toda a esperança vinha das ruas e não havia como perder.
Mas desta vez fomos logrados
por um colégio eleitoral,
transição segura fria e lenta
para os que estavam no poder.
E nosso sonho por saúde e educação
se foi
largado pra depois.
E os militares que esperávamos que um dia iriam pagar
continuam no poder.
Então veio 88,
foi determinado agora sim poderíamos votar/escolher.
Mas um ano depois percebemos o quão estávamos enfraquecidos.
Corações e mentes agora guiados (ordenados) por uma tela de TV.
Nossa vontade já não existia pois agíamos como zumbis.
Pagamos caro pela ilusão,
o moderninho nos enganou.
E enquanto retia nossa poupança
roubava mais que os ladrões.
E nosso sonho por um dia sermos iguais
se foi,
foi deixado pra depois.
E os corruptos que esperávamos que um dia iriam pagar
acabavam de se eleger.
Quando vieram os anos 90
e o caos e o cinza tomou conta de tudo.
Salvadores de pátria agora não iriam mais ajudar.
Não há mais culpados nem inocentes, agora todos irão pagar.
Mas na guerra sublimada aleijados e analfabetos ainda tentam modificar.



Credits
Writer(s): Rodrigo Alves Lima, Giuliano De Landa Faria, Murilo Queiroz De Almeida, Leandro Pretti Mozachi, Alyand Mielle Barbosa
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