Violeta De Belfort Roxo

Vivia entre bordados, pensativa, Violeta
A branca adolescente de raro encanto
E mãos frias, mão fria, coração quente
Quem te botou quebranto?

Vivia triste, no canto
Passando as contas do terço
São José, tirando a barba
Me lembra alguém que eu conheço

Um dia, um menino cego tocou Violeta e viu
E depois o surdo ouviu, chagas sumiram
Curou-se o coxo por obra e graça
De Santa Violeta de Belford Roxo

E milagre dos milagres
Sem jamais haver provado
O leito nupcial, Violeta deu à luz
Um bebê de vitral, em meio ao, é hoje só
Da terça de carnaval

O alentado rebento vai se chamar Juvenal
Por sinal, o mesmo nome
De um sargento do local



Credits
Writer(s): Aldir Blanc Mendes, Joao Bosco De Freitas Mucci
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