Maria da Favela

Maria, certo dia viu passando,
Da janela da favela,
A quem sempre esperou.
E jura, é figura de um sonho,
Mas um sonho cor de rosa
Como pode um pobre ter.
Maria, na inocência da idade,
Pede ajuda à vaidade,
Vai seu corpo enfeitar.
Sem ver que entre ela e o ser amado,
Há um poço já cavado,
A riqueza que ele tem.
Maria, desperta deste sonho.
E vê, pobreza não se enfeita.
É feita assim só da verdade e realidade,
Onde o sonho é morrer.
Maria, não corras para o mundo,
O pobre, pro rico é vagabundo.
E vê, na pressa, o teu sonho bem depressa,
Transformou-se numa dor.
E dizem, hoje em dia na favela,
Que a Maria da janela,
Faz sinal a quem passar.
Se sofre, faz prazer do sofrimento,
Vive tudo num momento,
Um momento que perdeu.
Maria, não corras para o mundo,
O pobre, pro rico é vagabundo...



Credits
Writer(s): Marcos Kostenbader Valle, Paulo Sergio Kostenb Valle
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link