Robocop (Ao Vivo)
Eu já nem sei se me lembro quando foi que começou
Estrela no peito xerife, bandido não perdoou
Eu fugia da escola pra poder ir pro cinema
Eu encarnava o mocinho, me fascinava o emblema
Hoje começo bem cedo, levanto pronto pra ação
Polícia dorme atento de quepe e cinturão
Então me sento na mesa, café com pão e biscoito
Mas não são feitas de açúcar as balas do meu trinta e oito
Meu carro parece um tanque, meu macacão camuflado
Mas eu só prendo mendigo, então pivete ou viado
Meu peito é feito de aço o meu plantão é noturno
Guardo uma grana arrochada na sola do meu coturno
Essa cidade tem câncer e este câncer é crime
Tumor que cresce e corrompe senhora nem se aproxime
As vezes sinto vergonha da minha corporação
Dos olhos que me fuzilam no meio da multidão
Eu amedronto as pessoas a quem devo proteger
Pensam que sou inimigo procuram se esconder
O meu andar assusta, o meu olhar intimida
Preço que todos pagamos por uma bala perdida
Recebo ordens de doido, doidos por ordens da lei
Mas mesmo fora de ordem, ordens são ordens eu sei
Na esquina da Ipiranga onde cruza a São João
Tudo se move e acontece menos no meu coração
Meu pai não estava careta quando sangrou minha irmã
Depois me beijou na testa, me disse até amanhã
Então sumiu do planeta nas asas de um caminhão
Mas ainda vou encontra-lo, vou lhe dar voz de prisão
Eu chorava no quarto quando chegou a TV
Mas não disseram a verdade e nem mostraram porque
Minhas mãos banhadas de sangue, minhas mãos lavadas no horror
Pensaram que era outro filme, chamaram o patrocinador
Por isso eu sempre atiro, que é pra depois perguntar
Embora, as vezes eu me esqueça do que eu ia falar
Que bom que eu cheguei em casa pra beijar minha mulher
Ela me diz que é fiel pro que der e vier
Pro que der e vier
Estrela no peito xerife, bandido não perdoou
Eu fugia da escola pra poder ir pro cinema
Eu encarnava o mocinho, me fascinava o emblema
Hoje começo bem cedo, levanto pronto pra ação
Polícia dorme atento de quepe e cinturão
Então me sento na mesa, café com pão e biscoito
Mas não são feitas de açúcar as balas do meu trinta e oito
Meu carro parece um tanque, meu macacão camuflado
Mas eu só prendo mendigo, então pivete ou viado
Meu peito é feito de aço o meu plantão é noturno
Guardo uma grana arrochada na sola do meu coturno
Essa cidade tem câncer e este câncer é crime
Tumor que cresce e corrompe senhora nem se aproxime
As vezes sinto vergonha da minha corporação
Dos olhos que me fuzilam no meio da multidão
Eu amedronto as pessoas a quem devo proteger
Pensam que sou inimigo procuram se esconder
O meu andar assusta, o meu olhar intimida
Preço que todos pagamos por uma bala perdida
Recebo ordens de doido, doidos por ordens da lei
Mas mesmo fora de ordem, ordens são ordens eu sei
Na esquina da Ipiranga onde cruza a São João
Tudo se move e acontece menos no meu coração
Meu pai não estava careta quando sangrou minha irmã
Depois me beijou na testa, me disse até amanhã
Então sumiu do planeta nas asas de um caminhão
Mas ainda vou encontra-lo, vou lhe dar voz de prisão
Eu chorava no quarto quando chegou a TV
Mas não disseram a verdade e nem mostraram porque
Minhas mãos banhadas de sangue, minhas mãos lavadas no horror
Pensaram que era outro filme, chamaram o patrocinador
Por isso eu sempre atiro, que é pra depois perguntar
Embora, as vezes eu me esqueça do que eu ia falar
Que bom que eu cheguei em casa pra beijar minha mulher
Ela me diz que é fiel pro que der e vier
Pro que der e vier
Credits
Writer(s): Marcelo Nova
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