Despejo Na Favela

E agora vou respirar um pouquinho
Que o Talismã, o quarteto vai cantar um Samba de minha autoria
Que se chama, Despejo na Favela, Despejo na Favela, vai!

La la, la la, la la la
La la, la la, la la laia
La la, laia

Quando o oficial de justiça chegou
Lá na favela
E, contra seu desejo
Entregou pra seu Narciso
Um aviso, uma ordem de despejo

Assinada, seu doutor
Assim dizia a pedição
Dentro de dez dias
Quero a favela vazia
E os barracos todos no chão

É uma ordem superior
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
É uma ordem superior
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
É uma ordem superior

Não tem nada não, meu senhor!
Não tem nada não
Amanhã mesmo vou deixar meu barracão
Não tem nada não, seu doutor
Vou sair daqui
Pra não ouvir o ronco do trator

Pra mim não tem probrema
Em qualquer canto me arrumo
De qualquer jeito eu me ajeito
Depois, o que eu tenho é tão pouco
Minha mudança é tão pequena
Que cabe no bolso de trás

Mas essa gente aí, hein?
Como é que faz?
Mas essa gente aí, hein?
Como é que faz?

Quando o oficial de justiça chegou
Lá na favela
E, contra seu desejo
Entregou pra seu Narciso
Um aviso, uma ordem de despejo

Assinada, seu doutor
Assim dizia a pedição
Dentro de dez dias
Quero a favela vazia
E os barracos todos no chão

É uma ordem superior
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
É uma ordem superior
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
É uma ordem superior

Não tem nada não, meu senhor!
Não tem nada não
Amanhã mesmo vou deixar meu barracão
Não tem nada não, seu doutor
Vou sair daqui
Pra não ouvir o ronco do trator

Pra mim não tem probrema
Em qualquer canto me arrumo
De qualquer jeito eu me ajeito
Depois, o que eu tenho é tão pouco
Minha mudança é tão pequena
Que cabe no bolso de trás

Mas essa gente aí, hein?
Como é que faz?
Mas essa gente aí, hein?
Como é que faz?

Mas essa gente aí, hein?
Como é que faz doutor?



Credits
Writer(s): Adoniran Barbosa
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