A Moda da Mine

Não há pio na natureza
ainda que coxo em beleza
que não tenha essa fineza
de ter a quem se destine
Cada qual o seu encanto
seja riso, seja pranto
Eu agora, no entanto
vou mas é beber uma mine

A mãe chama pelo filho
o lobo chama sarilho
o vagalume com brilho
Não é nada que se ensine
O luar chama os pardais
os telhados outros tais
ninhos nunca são demais
Vou mas é beber uma mine

A mulher chama de noite
o tal homem que se afoite
para a casa que os acoite
E que o céu os ilumine
Tudo tem os seus arranjos
O cipreste chama os anjos
a madrugada, marmanjos
Vou mas é beber uma mine

Não há pio na Natureza
ainda que coxo em beleza
que não tenha essa fineza
a Natureza não erra
Não é nada que se ensine
e que o céu os ilumine
Vou mas é beber uma mine
à saúde desta terra.



Credits
Writer(s): Joao Manuel Gil Lopes, Joao Monge
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