Nada pra Ninguém

Mais uma história de um pivetinho gênio da rua
Mais um gênio pivete com uma história igual à sua
Mais um você de qualquer canto em toda calçada
Espelho, espelho meu com um reflexo em cada quebrada

E sonhava demais, mais não tinha nenhum emprego
Ou salário alias, desclassificados dos patrões
Nos classificados dos jornais, cansado dos patrões
Seu carros blindados nos sinais, cova de leões

A escola não foi nada mais aprendeu tudo que sabe
Ouvindo CD dos Racionais, e geralmente os fanfarrões
A rua é quem sobe o gás, apenas diferentes começos
Mesmos finais

Sagaz, nasceu pra dar o troco
Tipo uma profecia que se cumpre pouco a pouco
Cavaleiro do apocalipse escuro como um eclipse
Pra tirar os seus desse sufoco

Sabe porque eu vim?
Porque eu quero entregar o melhor
Nem que eu pague com meu suor
Se esse é o preço pra sonhar

Sabe porque eu vim?
Porque eu quero entregar o melhor
Nem que eu pague com meu suor
Se é pra garantir meu lugar
Eu não devo nada pra ninguém, nada pra ninguém
Nada pra ninguém, nada pra ninguém
Não devo nada pra ninguém, nada pra ninguém...

E toda noite eles ele orava ao céus pedindo luz
Porque o caminho errado é o que sempre seduz
Luz! Não por ter medo do escuro
Porque na verdade, é o mal que tem medo da claridade

Se sabe, quando se nasce a maldade vem de brinde
É o pacote que esse mundo te oferece
Se apresse a fim de garantir seu passo
E a prece de cada mãe também faz de seu filho um mestre

Um massa, um marte, o mal com ele decidiu
Que não se resumiria ficar atrás de um balcão
Sem plano B pra vida, era C ou ser
Até que ver seu sonho ali acontecer

Era mestre em desobedecer
Imprevisível, um guerreiro de fé soldado
Seu sonho era ser feliz
O mundo disse que era impossível
E no fim o mundo tava errado

Sabe porque eu vim?
Porque eu quero entregar o melhor
Nem que eu pague com meu suor
Se esse é o preço pra sonhar

Sabe porque eu vim?
Porque eu quero entregar o melhor
Nem que eu pague com meu suor
Se é pra garantir meu lugar
Eu não devo nada pra ninguém, nada pra ninguém
Nada pra ninguém, nada pra ninguém
Não devo nada pra ninguém, nada pra ninguém...

As pedras sempre rolam
E essa avalanche no final vem pra cima de mim
Só que quando pensarem que não
Eu volto pra pisar nas flores do seu jardim
Eu não sei explicar
Eu só sei confundir os sábios
Que já me julgaram e apontaram
Quando ele piscar, olha quem veio pra jantar!

Sabe porque eu vim?
Porque eu quero entregar o melhor
Nem que eu pague com meu suor
Se esse é o preço pra sonhar

Sabe porque eu vim?
Porque eu quero entregar o melhor
Nem que eu pague com meu suor
Se é pra garantir meu lugar
Eu não devo nada pra ninguém, nada pra ninguém
Nada pra ninguém, nada pra ninguém
Não devo nada pra ninguém, nada pra ninguém...



Credits
Writer(s): Michel Dias Costa, Carlos Henrique Benigno
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