O Amor e o Asilo

Eu tinha apenas vinte e cinco anos
Quando completamos um ano de casado

Foi com uma briga que comemoramos
O dia que era para ser sagrado
Talvez por ciúme ou talvez por outro
Só sei dizer que fui abandonado
O que restou para triste lembrança
Tem um pequeno fio de esperança
Só as alianças com os nomes gravados.

Sem rumo na vida tornei-me um farrapo

Depois que meu grande amor foi embora
Quantos anos bons para o nosso futuro
Com sua partida morreu sem demora
Para amenizar minha grande dor
Para os butiquins fui na mesma hora
Quando meus amigos me perguntavam
Porque minha vida transformava
Nem eu mesmo sabia contar a história.

Por mais que eu tentasse fugir da verdade
Eu não encontrava forças para agir
Pois não era fácil aquele sufoco
Então eu bebia pra de mim fugir.
Quando eu acordava em plena calçada
Ouvindo as ofensas a me atingir
Eu que era um homem de tanta moral
Hoje envolvido em todo esse mal
Com pranto no rosto tive que engolir

Fui ficando velho perdi minhas forças
Sem uma pessoa pra de mim cuidar
Foi quando um laguem me disse com pena:
- Eu vou conduzi-lo para um lugar.
Foi lá que eu vi pessoas como eu
Até quem eu nunca esperava encontrar
Cujas as alianças que nos uniu
Depois de tantos anos serviu
Pra dizer que o asilo é o nosso lar.



Credits
Writer(s): Elcio Neves Borges, Jose Bettio, Constantino Mendes
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