Potro Sem Dono

Você gaúcho amigo que gosta dum bom rodeio
Duma laçada, duma gineteada, ou duma campereada
A nossa homenagem dos Garotos de Ouro
Através do Potro Sem Dono, tchê!

A sede de liberdade
Rebenta a soga do potro
Que parte em busca do pago
Que num galope dispara
Rasgando a coxilha ao meio
Mordendo o vento na cara (mordendo o vento na cara)

Leva o horizonte nos olhos
Empurra a terra pra trás
Já vai bem longe a figura
Mostre o caminho tenaz
Da humanidade sofrida
Que luta em busca da paz (que luta em busca da paz)

Vai, potro sem dono
Vai, livre como eu
Vai, potro sem dono
Vai, livre como eu

Se a morte lhe faz negaça
Joga a sua vida com a sorte
Desprezando a própria morte
Não se prende a preconceito
Nem mata a sede com farsa
Leva o destino no peito (leva o destino no peito)

Na seiva da madrugada
Vai florescendo a canção
Aquece o fogo de chão
Enxuga o pranto de ausência
Esta guitarra campeira
Velho clarim da querência (velho clarim da querência)

Vai, potro sem dono
Vai, livre como eu
Vai, potro sem dono
Vai, livre como eu



Credits
Writer(s): Paulo Cabral Portela Fagundes
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