Pot-Pourri:Toalha de Mesa / Pedrinhas de Cor / Idade de Fazer Bobagem / Marina / Balada Nº7 / O Neguinho e a Senhorita / Volta por Cima

Jurei não amar ninguém
Mas você veio chegando
E eu fui chegando também

Daí, seu olhar no meu olhar
Depois, sua mão na minha mão
Na toalha de mesa de um bar
Você desenhou um coração

Quem ama fica cego e nada vê
Escuta mil verdades, mas não crê
Vê, na pessoa amada, a imagem pura da bondade
Embora seja a imagem da maldade

Eu vi mil qualidades em você
Mas hoje, felizmente, sei porquê
É que eu estava cego
Estava sim, não nego
Cego de amores por você

Ela tem dezoito anos
Eu vou fazer cinquenta e seis
Carrego os meus desenganos
E ela sonha em ser feliz, imaginem vocês

Isto pode ser amor
Mas pode ser também tudo ilusão, tudo miragem
Ela está no período sonhador
E eu na idade de fazer bobagem

Taí, o samba que você pediu, Marina
Taí, eu fiz tudo e você desistiu, Marina
Taí, meu amor, toda a minha afeição
E você vai me matando, pouco a pouco, de paixão

Saudade, amor, paixão não se controla
Eu dei meu amor, Marina
E a outro Marina vive dando bola
Não é possivel eu viver assim
Marina, você é o princípio do meu fim

Sua ilusão entra em campo, no estádio vazio
Uma torcida de sonhos aplaude, talvez
O velho atleta recorda as jogadas felizes
Mata a saudade no peito, driblando a emoção

Hoje, outros craques repetem as suas jogadas
Ainda, na rede, balança seu último gol
Mas pela vida impedido, parou
E para sempre o jogo acabou
Suas pernas cansadas correram pro nada
E o time do tempo ganhou

O neguinho gostou da filha da madame
Que nós tratamos, sinhá
Senhorita também gostou do neguinho
Mas o neguinho não tem dinheiro pra gastar

A madame tem preconceito de cor
Não pôde evitar esse amor
Senhorita foi morar lá na colina
Com o neguinho que é compositor
Senhorita foi morar lá na colina
Com o neguinho que é compositor

Chorei
Não procurei esconder, todos viram
Fngiram pena de mim, não precisava
Ali onde eu chorei, qualquer um chorava
Dar a volta por cima que dei, quero ver quem dava

Um homem de moral não fica no chão
Nem quer que mulher lhe venha dar a mão
Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima

Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima
Reconhece a queda e não, não, não desanima
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima

Reconhece a queda...



Credits
Writer(s): Arnaldo Antunes, Noel Rosa De Oliveira, Cícero Nunes Cordeiro, Alcebiades Nogueira, Alberto Cirino Gomes, Carmine Allegretti, Dora Freitas Lopes, Synval Machado Da Silva, Paulo Emílio Vanzolini, Abelardo Da Silva, Wilson Nascimento Chumbo
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