Madrugada

Os fletes campeiros pastando ao luar
Refugo meu catre pra sorver nuances
Que a noite pintou na barra do dia
Quando nasce o pampa a inspirar romances

O sol vem ao tranco no lombo de um ruano
E a noite lobuna se faz madrugada
Os mates e prosas se fazem silêncio
Enquanto se encilha pra outra jornada

Tinido de espora, rangido de bastos
E bater de cascos se fazem poesia
Cavalos e homens se tornam centauros
Na pátria gaúcha ao raiar outro dia

Tinido de espora, rangido de bastos
E bater de cascos se fazem poesia
Cavalos e homens se tornam centauros
Na pátria gaúcha ao raiar outro dia
Um zaino escarceia tirando o freio
Se faz aragana uma potra bragada
Que ao sentir as coscas do laço nos tentos
Bufou contra o vento pedindo bolada

Ritual que faz parte da vida de campo
Porém só conhece quem cedo levanta
E sai campo afora com o Sol na garupa
E traz a querência nos versos que canta

Tinido de espora, rangido de bastos
E bater de cascos se fazem poesia
Cavalos e homens se tornam centauros
Na pátria gaúcha ao raiar outro dia

Tinido de espora, rangido de bastos
E bater de cascos se fazem poesia
Cavalos e homens se tornam centauros
Na pátria gaúcha ao raiar outro dia

Tinido de espora, rangido de bastos
E bater de cascos se fazem poesia
Cavalos e homens se tornam centauros
Na pátria gaúcha ao raiar outro dia



Credits
Writer(s): Vismarck Ricardo Silva Martins, Antonio Aparecido Pepato Junior, Elcio Adriano Carvalho, Rodrigo Elionai Dos Reis
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