Avoante

Quando o riacho vira caminho de pedra
E avoante vai embora procurar verde no chão
A terra seca fica só e num silêncio
Que, mal comparando, eu penso: tá igual meu coração

Que nem a chuva, você veio na invernada
Perfumando a minha casa, alegrando meu viver
Mas quando o sol bebeu o açude inté secar
Quem poderia imaginar que levaria inté você

Quando o riacho vira caminho de pedra
E avoante vai embora procurar verde no chão
A terra seca fica só e num silêncio
Que, mal comparando, eu penso: tá igual meu coração

Que nem a chuva, você veio na invernada
Perfumando a minha casa, alegrando meu viver
Mas quando o sol bebeu o açude inté secar
Quem poderia imaginar que levaria inté você

Só resisti porque nasci num pé de serra
E quem vem da minha terra, resistência é profissão
E nordestino é madeira de dar em doido
Que a vida enverga e não consegue quebrar, não

Sobrevivi, estou aqui contando a história
Com aquela mesma viola que te fez apaixonar
Tua saudade deu um mote delicado
Que ajuda a juntar o gado toda vez que eu aboiar
Tua saudade deu um mote delicado
Que ajuda a juntar o gado toda vez que eu aboiar

Ê ê ê, boi
Hei, saudade
Hê ê ê, boi
Ei, saudade

Só resisti porque nasci num pé de serra
E quem vem da minha terra, resistência é profissão
E nordestino é madeira de dar em doido
Que a vida enverga e não consegue quebrar, não

Sobrevivi, estou aqui contando a história
Com aquela mesma viola que te fez apaixonar
Tua saudade deu um mote delicado
Que ajuda a juntar o gado toda vez que eu aboiar
Tua saudade deu um mote delicado
Que ajuda a juntar o gado toda vez que eu aboiar

Ê ê ê, boi
Ei, saudade
Ê ê ê, boi
Ei, saudade

Ê ê ê, boi
Ei, saudade
Ê ê ê, boi
Hei, saudade



Credits
Writer(s): Aciolly Neto
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