O Silêncio do Seresteiro

Abandonando o meu lar sem piedade
Um certo dia eu sai pra não voltar
Deixei chorando minha fiel companheira
Ajoelhada, me pedindo pra ficar

Sai em busca de boemias e aventuras
E outros lábios que eu pudesse beijar
E, na orgia, entreguei-me loucamente
Amando, assim, somente as noites de luar

Quantos momentos eu vivi de ilusão
Bebendo ao lado de amorzinhos passageiros
De madrugada, elas iam se afastando
Porque já tinha ido todo meu dinheiro

Compreendi que eu era apenas um palhaço
Em uma mesa, eu jurei um certo dia
Jurei que ao lado das mulheres de ninguém
Jamais na vida outra taça beberia

Meu coração amargurado, me pedia
Para voltar novamente ao que eu era
A voz do vento, no espaço, me dizia
Volte ao lado da esposa que te espera

E, lá chegando, tristemente derrotado
Senti remorso, juro que me arrependi
Eu disse a ela, teu perdão eu necessito
Daqui por diante viverei só parra ti



Credits
Writer(s): Benedito Onofre Seviero, Anibio Pereira De Souza
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