Mundo Missioneiro

Voltei no meu pago pra pisar na grama Cheirar o campo do Legoamirim
Rever o rastro da carreta grande
Nem tocas o rimo no pé de cupim
Encher a pipa na fonte nativa
Caminhar por cima da taipa do açude Fazer aquilo que eu já tinha feito
E alguma coisa que ainda não pude
Vi as raízes viradas pra cima
E o capão que tinha cortaram também
E aquele campestre onde pastava o gado
Tá tudo virado nem grama não tem

Viraram rastros, arrancaram pastos
E o Guamirinzal fizeram fogo em tocha Não vi Quero-Quero, nem canto de Grilo
E o velho Zorrilho não tem mais a toca

O mangueirão de Luareijão roliço de cerne mociço
Queimaram as tronqueiras
Do Sinamomo que tinha copado
Caiu abraçado com o pé de Figueira
O trator do gringo entupiu a fonte
Atuiou o açude nem a taipa presta
Do que era muito resta poucos tronco
E do que era pouco de si nada resta
Nem do Bugio escutei mais o ronco Sentado num tronco, cheguei a chorar
A Figueira grande tava derrubada
Aonde eu brincava nos tempos de piá

Viraram rastros, arrancaram pastos
E o Guamirinzal fizeram fogo em tocha Não vi Quero-Quero, nem canto de Grilo
E o velho Zorrilho não tem mais a toca



Credits
Writer(s): Jorandir Pereira De Souza, Pedro Dos Santos Bica
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