Papo de Buteco

Eu recebi um convite para cantar umas modas
No buteco da esquina aonde a cachaça mora
Mandei a viola no peito, veio um caboclo gritando
Não vem com essas moda paia'
Quero ver você cantar Travessia do Araguaia

Naquele estradão deserto, uma boiada descia
Das bandas do Araguaia pra fazer a travessia

O povo bateram palma, arrumaram um piseiro
A muiezada gritava: eu quero esse violeiro
Sem saber o que fazer, sujeito ficou sem fala
Gritou de um jeito cabreiro
Se conhece Tião Carreiro, faz o pagode do Ala

As flores quando é de manhã cedo

Sujeito mal acabado, queria me derrubar
Mas sou ligeiro nos versos, não pode me acompanhar
Com tanta enxeção de saco fui perdendo a paciência
Traz uma pinga pra mim, tá curto meu estupim
Vou te mostrar minha ciência

Já sabendo que aqui o buraco é mais embaixo
O fera gritou de longe: mais um pedido eu te faço
As pinga já tá acabando, traz erva pro tereré
Só vou quetar o meu facho, me mostra que ocê é macho
Faz um verso pras muié

É, ai pisou no meu calo, hein

Eu mandei fazer um laço do couro de um boi carreiro
Pra laçar moça bonita que tem os 'zóio morteiro
Joguei o laço na moça, o laço caiu no chão
Joguei o laço pra lá e peguei a moça com a mão



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