Meu Pai

Aquele homem que está sentado
Cabelo branco, rosto enrugado
Olha pra dentro, enxerga longe
Pra o horizonte do seu passado

Aquele homem é uma tronqueira
E na franteira se enraizou
As suas rugas, marcas de laço
De tanto pialo que já escorou

Aquele homem é o meu pai
Melhor amigo que eu conheci
Tudo que sei eu devo a ele
Pois foi com ele que eu aprendi

É um campeiro, é um fidalgo
É um tropeiro de gado alçado
Veio das casas grandes da estância
Mas o seu trono foi o cavalo

Quanto amigos eu já perdi
Mas o meu pai ainda véve
Dos que partiram resta lembrança
E a saudade que me persegue

Por isso quando abro o meu peito
A minha voz estranha aparece
Mesmo sabendo que não mereço tanto
Eu sei que canto pra quem merece

Mesmo sabendo que não mereço tanto
Eu sei que canto pra quem merece



Credits
Writer(s): Mano Lima
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