Antiga Poesia (Salve) [Ao Vivo]
Um, dois, três
Vem junt'aqui
Salve! (Salve!) Que bonito!
Salve! (Salve!) Hey, salve!
Hey, salve! (Salve)
Que bonito, que beleza! Salve!
Hey, hey, salve!
Hey, salve!
Hey, salve!
Minha nova poesia
Minha nova poesia
Minha nova poesia
Minha nova... poesia
Minha nova poesia é antiga poesia
Eu me fiz sozinha, força feminina, há-há
Escrevo sem ter linha
Escrevo torto mesmo
Escrevo torto, eu falo torto, pra seu desespero, é
É só minha poesia, antiga poesia
Repito, rasgo, colo
Poesia sem maestria, mas é a minha poesia
Eu não sou mais menina
A minha poesia é poesia combativa
Eu entendi seu livro, eu entendi sua língua
Agora minha língua, minha rima eu faço
Eu já me fiz sozinha
E eu tenho mais palavra da boca escorrendo
'Cê disse que tá junto e eu continuo escrevendo
A planta é feminina, a luta é feminina
La mar, la sangre y mi América Latina
O meu desejo é que o seu desejo não me defina
A minha história é outra
Tô rebobinando a fita
Fita, fita
Fita
Salve! Negras dos sertões, negras da Bahia
Salve! Clementina, Leci, Jovelina
E salve! Nortistas, caribenhas, clandestinas
(Salve!) Negras da América Latina, diz!
(Salve!) Negras dos sertões, negras da Bahia
(Salve!) Clementina, Leci, Jovelina
E (salve!) Nortistas, caribenhas, clandestinas
(Salve!) Negras da América Latina
América Latina
América Latina
A baixa auto-estima da Dona Maria
Da sua prima, da sua filha e sua vizinha
Isso me intriga, isso me instiga
E 'cê não entendeu o que significa feminista
Esquento a barriga no fogão, esfrio na bacia
Cuido do filho do patrão, minha filha tá sozinha
A mão tá no trampo, a mente tá na filha
Um monte de gaiato em volta ainda pequenina
Porque depois dos quarenta, é de casa pra igreja
É tudo é por ninharia, pretendente Jesus, o Messias
Tive que trabalhar, não pude parar
Guerreira estradeira, capoeira na ginga
Disseram pra neta, que a vó era analfabeta
O mundão tá doido, acaba, mas ela não
Minha vó formou na vida e nunca soube o que é reprovação
Eis a questão
Se não me espelhou, não me espelhou?
Não chamo de educação
Manhadeua singe, o nariz da esfinge
De axé tô cercado
Oyá! Iemanjá vive!
Aqui não tem drama ou gente inocente
Aqui tem mulher firme arrebentando as suas correntes
A vida toda alguma coisa tentou me matar e eu me refiz
Dandara! Acotirene!
Salve! Negras dos sertões negras da Bahia
Salve! Clementina, Leci, Jovelina
Salve! Nortistas caribenhas clandestinas
Salve! Negras da América latina
Salve! Negras dos sertões negras da Bahia
Salve! Clementina, Leci, Jovelina
E salve! Nortistas caribenhas clandestinas
Salve! Negras da América latina
Salve! Eu sei não é fácil chegar, ei
Salve! A gente sabe levantar, ei
Salve! Aonde eu for é o seu lugar
Salve! Permanecemos vivas
Salve! Eu sei não é fácil chegar, ei
Salve! A gente sabe levantar, ei
Salve! Aonde eu for é o seu lugar
Salve! Permanecemos vivas
Permanecemos vivas
É por nós, por amor
Por nós, amor
Por nós, por amor
Vem junt'aqui
Salve! (Salve!) Que bonito!
Salve! (Salve!) Hey, salve!
Hey, salve! (Salve)
Que bonito, que beleza! Salve!
Hey, hey, salve!
Hey, salve!
Hey, salve!
Minha nova poesia
Minha nova poesia
Minha nova poesia
Minha nova... poesia
Minha nova poesia é antiga poesia
Eu me fiz sozinha, força feminina, há-há
Escrevo sem ter linha
Escrevo torto mesmo
Escrevo torto, eu falo torto, pra seu desespero, é
É só minha poesia, antiga poesia
Repito, rasgo, colo
Poesia sem maestria, mas é a minha poesia
Eu não sou mais menina
A minha poesia é poesia combativa
Eu entendi seu livro, eu entendi sua língua
Agora minha língua, minha rima eu faço
Eu já me fiz sozinha
E eu tenho mais palavra da boca escorrendo
'Cê disse que tá junto e eu continuo escrevendo
A planta é feminina, a luta é feminina
La mar, la sangre y mi América Latina
O meu desejo é que o seu desejo não me defina
A minha história é outra
Tô rebobinando a fita
Fita, fita
Fita
Salve! Negras dos sertões, negras da Bahia
Salve! Clementina, Leci, Jovelina
E salve! Nortistas, caribenhas, clandestinas
(Salve!) Negras da América Latina, diz!
(Salve!) Negras dos sertões, negras da Bahia
(Salve!) Clementina, Leci, Jovelina
E (salve!) Nortistas, caribenhas, clandestinas
(Salve!) Negras da América Latina
América Latina
América Latina
A baixa auto-estima da Dona Maria
Da sua prima, da sua filha e sua vizinha
Isso me intriga, isso me instiga
E 'cê não entendeu o que significa feminista
Esquento a barriga no fogão, esfrio na bacia
Cuido do filho do patrão, minha filha tá sozinha
A mão tá no trampo, a mente tá na filha
Um monte de gaiato em volta ainda pequenina
Porque depois dos quarenta, é de casa pra igreja
É tudo é por ninharia, pretendente Jesus, o Messias
Tive que trabalhar, não pude parar
Guerreira estradeira, capoeira na ginga
Disseram pra neta, que a vó era analfabeta
O mundão tá doido, acaba, mas ela não
Minha vó formou na vida e nunca soube o que é reprovação
Eis a questão
Se não me espelhou, não me espelhou?
Não chamo de educação
Manhadeua singe, o nariz da esfinge
De axé tô cercado
Oyá! Iemanjá vive!
Aqui não tem drama ou gente inocente
Aqui tem mulher firme arrebentando as suas correntes
A vida toda alguma coisa tentou me matar e eu me refiz
Dandara! Acotirene!
Salve! Negras dos sertões negras da Bahia
Salve! Clementina, Leci, Jovelina
Salve! Nortistas caribenhas clandestinas
Salve! Negras da América latina
Salve! Negras dos sertões negras da Bahia
Salve! Clementina, Leci, Jovelina
E salve! Nortistas caribenhas clandestinas
Salve! Negras da América latina
Salve! Eu sei não é fácil chegar, ei
Salve! A gente sabe levantar, ei
Salve! Aonde eu for é o seu lugar
Salve! Permanecemos vivas
Salve! Eu sei não é fácil chegar, ei
Salve! A gente sabe levantar, ei
Salve! Aonde eu for é o seu lugar
Salve! Permanecemos vivas
Permanecemos vivas
É por nós, por amor
Por nós, amor
Por nós, por amor
Credits
Writer(s): Ellen Gomes De Oleria
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