Pro Ventilador

Acabando com a brincadeira em playground
Sujo universo imposto, composto nos underground
Já pedimos licença pra entra, vieram com ideia torta
Então neguinho desculpa, mas hoje é pé na porta

Mais do que roupa e cara de mal
Tô vendo muita pouca rima, pra tanto visual
Racional igual Tim Maia, universo em desencanto
Sorriso dos pretin' do gueto, motivo do canto

Dos beatbox ao batuque de lata
Que faz meu sangue pulsar
Inspiração vem de Bambata
Prata e ouro, pros que paga de ostentação
Sem uma ideia na mente, se afoga nas contradição

E na intenção, vim alerta os que tão de toca
Que o respeito é o principal fundamento
De um vida loka, né?
Uns com pouca ideia, quer engana plateia
Brinca de Zé Colméia, stand up na epopéia

Positivo igual Microsoft
Desfragmentando os pensamento podre que só faz logoff
A ideia é reta no bagulho, sem fazer curva
Favelado convicto, filho de mãe viúva

Pesado igual Cigano no soco, sai do sufoco
Tendo que me virar com pouco
Vi os metidos a intelecto meter um louco
Mas quem nasceu nos grafiato
Não sabe o que é ver reboco

E a fúria é o troco só pra você saber
Tudo que duvidaram que nóis seria nóis conseguiu ser
Só pra você saber, interior tem voz
Um brinde aos guerreiros de fé que lutou por nóis

Corremos igual queniano não de hoje de miliano
E quanto muitos pensaram em ir, nóis tava voltando
Mano vimos o espinho, enquanto os Mauricio só rosa
Ficaram no chão babando igual boi com febre aftosa

Clik, clek, pow! Maior apologia da vida
Querer comer e vê o prato sem comida
E a molecada trampando a milhão esperando sua vez
Na intenção de matar os mais falso que nota de três

Agradeço aqueles que sorrir por meu sorriso
E se Deus está conosco, então é tudo que eu preciso
Não cai nas larvas do inferno, pra encontra o paraíso
E não adianta conta lucro com a alma no prejuízo

Peso pro espírito santo me livrar dessa friaca
De pessoas que subiu de pé, desceram de maca
No meio do percurso empaca não sei se tu saca
Quantos não diz ser por nóis
Mas depois virou a casaca

Sou pé vermelho e aprendi que salva vidas é a meta
E que vivencia é o alimento que necessita um poeta
Sei bem que um homem covarde só vive de indireta
E malandragem não se mede por usar boné aba reta

Uns disputa pra ser o melhor e se manter isolado
Minha luta é pra que minha mãe
Não enfrente busão lotado
E não adianta querer derrubar os que subiu com fé
Pois nunca vai cair o que Jesus botou de pé

Tudo que eu quero é viver minha vida
Sem cuidar da alheia
Dividindo o pão sim, mas sem Judá na santa ceia
Semeia o bem, mas sem pensa em algo em troca
Pois muitos vão te abraça
Querendo te pegar na croca

Pros verdadeiro é nós te mesmo depois do caixão
E pros pilantra Zé Povin' não se sinta nesse refrão
Tempos de vitória tão gritando
Que é bom tá ostentando
E a quebrada carai', ficando em segundo plano

Rap cresceu junto apareceu os crítico
Que gosta de cobrar MC e não cobra os político
Mas só pra deixar claro
Eu não passo um pano pro errado
Porque se tu ramelo, por Deus, cê vai se cobrado

Uns vão te rogar praga, outros por ti vão orar
Tudo que deseja pra mim
Eu sei que em dobro vai voltar
Uma coisa eu aprendi, cada ato uma consequência
E se eles fala na tua ausência
É porque temem tua presença

Uns vão te rogar praga, outros por ti vão orar
Tudo que deseja pra mim
Eu sei que em dobro vai voltar
Uma coisa eu aprendi, cada ato uma consequência
E se eles fala na tua ausência
É porque temem tua presença



Credits
Writer(s): Gustavo Vinicius Gomes De Sousa
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