O Tejo Corre No Tejo

Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não
Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não
Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não
Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não
Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não
Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não
Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não
Não Tejo, Tejo, não Tejo, não Tejo não

Tu que passas por mim tão indiferente
No teu correr vazio de sentido
Na memória que sobes lentamente
Do mar para a nascente
És o curso do tempo já vivido
Não, Tejo
Não és tu que em mim te vês
Não, Tejo
Só eu em ti que me vejo
Não, Tejo
Não és tu que em mim te vês
Não, Tejo
Só eu em ti que me vejo
Por isso, à tua beira se demora
Aquele que a saudade ainda trespassa
Repetindo a lição que não decora
De ser, aqui e agora
Só um homem a olhar para o que passa
Não, Tejo
Não és tu que em mim te vês
Não, Tejo
Só eu em ti que me vejo
Não, Tejo
Não és tu que em mim te vês
Não, Tejo
Só eu em ti que me vejo

Um voo desferido é uma gaivota
Não é voo da imaginação
Gritos não são agoiros, são a lota
Vá não faças batota
Deixa ficar as coisas onde estão
Ão,ão,ão,ão,ão,ão,ão,ão,ão



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