Santo Antônio / O Poeta Come Amendoim (Texto)

Brasil amado, não porque seja minha pátria
Pátria, é acaso de migrações
E do pão nosso que Deus der
Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso
O gosto dos meus descanços
O balanço das minhas cantigas, amores, danças
Brasil que eu sou, porque minha expressão é muito engraçada
Porque meu sentimento é muito pachrrento
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir

Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio
Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio

A luz desceu do céu
Clareando o encanto
Da espada espelhada em Deus
Viva, viva, meu Santo

Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio
Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio

A luz desceu do céu
Clareando o encanto
Da espada espelhada em Deus
Viva, viva, meu Santo

Saúde que foge
Volta por outro caminho
Amor que se perde
Nasce outro no ninho

Maldade que vem e vai
Vira flor na alegria
Trezena de junho
É tempo sagrado
Na minha Bahia

Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio
Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio

A luz desceu do céu
Clareando o encanto
Da espada espelhada em Deus
Viva, viva, meu Santo

Antônio querido
Preciso do seu carinho
Se ando perdido
Mostre-me novo caminho

Nas tuas pegadas claras
Trilho o meu destino
Estou nos teus braços
Como se fosse
Deus menino

Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio
Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio

A luz desceu do céu
Clareando o encanto
Da espada espelhada em Deus
Viva, viva, meu Santo

Que seria de mim, meu Deus