Canção III

A minha casa é gurdiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências

E transmuta em palavra
Paixão e veemência

E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à casa que só existo
Para sorver a água da tua boca

A minha casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta

Por que recusas amor e permanência?



Credits
Writer(s): Hilda Hilst, Jose De Ribamar Coelho Santos
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