Sem Perdão

Sistema apodrecido
Olhares que nos condenam
Corpos suados
Uma espera de mil anos

Acorrentados, descalços
Não aguentamos mais
Depósito humano, números esquecidos
Nos corredores do caos, cárcere

Tentamos gritar por justiça
Mas aqui cravamos nossa própria sepultura
Aguardamos nossa morte
Sentenciada no dia da chegada

Lá fora meu erro foi o desespero
E assim vivemos nos rebelando
Comida azeda, penas vencidas
Processos parados, abandonados
Não aguentamos mais

Sem perdão, assim são os pobres
Fora daqui somos lixo humano
Sem perdão, assim são os pobres
Fora daqui somos lixo humano

Sem perdão, sem perdão
Sem perdão, sem perdão



Credits
Writer(s): Felipe Chehuan De Barros Silva, Felipe Carlos Pinheiro Ribeiro, Maximiliano De Souza Moraes, Luis Eduardo Grilo Moratori
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