Asa Branca

Desde 1912 o véio me falou
Me pegava em Recife, e a gente ia andando lá, pelos interior
E uma vez, vendo a chuva no sertão, ele falou
Daniel, meu neto, isso é raro
Chuva no sertão, que coisa mais linda

Nunca esqueça do povão, meu filho
Nunca esqueça do povo
O povo é o coração da gente
E nele, eu guardo meu coração

Desde 1912 escutando o rei esfolego da sanfona
Que veio de véio Januário
Que veio de Gonzagão
Que veio de Gonzaguinha
Que chove no Eriel
Nunca se esqueça do povo, meu filho
O povo é o coração da gente

Quando olhei a terra ardendo
Com a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação?
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação?

Essa que é a história
Desde 1912 até os dias de hoje
Sanfona e sintetizador
Zabumba e MPC
Gonzagão, Daniel Gonzaga e seu parceiro, Rodrigo Sha
Das areias do terreiro para as pistas do mundo inteiro
Mestre Gonzaga

Nunca se esqueça do povo, meu filho
O povo é o coração da gente

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Guarda contigo meu coração
Guarda contigo meu coração

Serra do Araripe, sul de Exú
Conexão com o mundo
Rio de Janeiro, baião
Zabumba, coração da gente

Das areias do terreiro para as pistas do mundo inteiro
Mestre Gonzaga



Credits
Writer(s): Luiz Gonzaga Do Nascimento, Luiz Ramalho
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