A Fonte

O que há de errado comigo?
Não consigo encontrar abrigo
Meu país é campo inimigo
Você finge que vê, mas não vê

Lave suas mãos, que é à sua porta que irão bater
Mas antes você verá, seus pequenos filhos trazendo novidades

Quantas crianças foram mortas dessa vez?
Não faça com os outros o que você não quer
Que seja feito com você
Você finge não ver e isso dá câncer

Não sei mais do que sou capaz
Esperança, teus lençóis têm cheiro de doença
E veja que da fonte sou os quilômtros adiante

Celebro todo dia
Minha vida e meus amigos
Eu acredito em mim
E continuo limpo

Você acha que sabe
Mas você não vê que a maldade é prejuízo
O que há de errado comigo?
Eu não sei nada e continuo limpo

Ao lado do cipreste branco
À esquerda da entrada do inferno
Está a fonte do esquecimento
Vou mais além, não bebo dessa água
Chego ao lago da memória
Que tem água pura e fresca
Digo aos guardiões da entrada
"Sou filho da Terra e do céu"

Dai-me de beber, que tenho uma sede sem fim
Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha
Me tira essa vergonha, me liberta dessa culpa
Me arranca esse ódio, me livra desse medo

Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha
E esta é uma canção de amor
E esta é uma canção de amor
E esta é uma canção de amor



Credits
Writer(s): Eduardo Dutra Villa Lobos, Marcelo Augusto Bonfa, Renato Manfredini Junior
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