Romaria das festas de Santa Eufémia

Em dia de romaria
Desfila o meu vilarejo
Ainda o galo canta ao dia
Já vai na rua o cortejo

O meu pai já está de saída
Vai juntar-se àquele povo
Tem velhas contas com a vida
A saldar com vinho novo

Por mais duro o serviço
Que a terra peça da gente
Eu não sei por que feitiço
Temos sempre novo alento

A minha mãe, acompanhada
De promessas por pagar
Vai voltar de alma lavada
E joelhos a sangrar

A minha irmã quis ir sozinha
Saiu mais cedo de casa
Vai voltar de manhãzinha
Com o coração em brasa

Por mais duro o serviço
Que a terra peça da gente
Eu não sei por que feitiço
Temos sempre novo alento

A noite desce o seu pano
No alto deste valado
O sagrado e o profano
Vão dançando lado a lado

E eu não sou de grandes folias
Não encontrei alma gémea
Há-de haver mais romarias
Das festas de Santa Eufémia

Por mais duro o serviço
Que a terra peça da gente
Eu não sei por que feitiço
Temos sempre novo alento

Por mais duro o serviço
Que a terra peça da gente
Eu não sei por que feitiço
Temos sempre novo alento

Nas festas de Santa Eufémia



Credits
Writer(s): Miguel Jorge
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