Nao Me Digas

Não me digas, que todo o tempo que foi nosso esmoreceu
Não me digas, que entre medos e desejos nos perdemos
Não me digas, que o silêncio e a distância são irmãos
Não me digas, que as nossas mãos já se despediram
E se os paradigmas mudaram
E o leito deserto se inflama
E se os teus fantasmas voltaram
Para te consumir o que em ti restei

Não te ausentes por correntes de uma mágoa que corrói
Não te afastes do que somos nos assombros do acaso
Não te olvides que amanhã trará clareza a nossa estrada
Oh não me esqueças nas palavras que não trocamos

Não me digas que recusas sentir falta do meu peito
Não me digas que é falácia o que o meu amor grita
Não me digas que verás futuro em tudo o que eu não sou
Não me digas que há luz na sombra da nossa história
E se os nossos laços quebraram
E o teu coração pulsa incerto
E se os teus demónios triunfaram
Para te consumir o que em ti guardei

Não te ausentes por correntes de uma magoa que corrói
Não te afastes do que somos nos assombros do acaso
Não te olvides que amanhã trará clareza a nossa estrada
Oh não me esqueças nas palavras que não trocamos

Não me digas
Não me digas
Não te ausentes por correntes de uma magoa que corrói
Não te afastes do que somos nos assombros do acaso
Não te olvides que amanhã trará clareza a nossa estrada
Não me esqueças nas palavras que não trocamos
Não me digas
Não me digas



Credits
Writer(s): Jorge Oliveira, Miguel Amorim, Zé Manuel Bicho
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