Santo Amaro da Purificação
(Obrigada, mesmo, de coração, Senhor)
(Obrigada, Jesus, obrigada de coração)
(Por mim, que estou aqui, Senhor)
(Te pedindo, te orando)
(De todo o meu coração, Senhor)
(Eu sou uma franciscana de todo o meu coração)
(Te peço, Jesus, abençoe...)
Eu dobrei joelhos, cerrei cílios, chorei
Lembrei do filho de Nazaré, rezei
Como quem move montanha, é!
Alá, Maomé, minha fé na procissão
Um na multidão com as tia
João, Bíblia, Alcorão, guia, mão
Homem fraco, inseguro arrepia no louvor
Hino de pecador do coração puro descalço
Vendo lágrima, tenso por dentro, calma
E a esperança então (ei!)
Vim pedir seu perdão
Terços não têm contas pra cada erro meu
Se serve de argumento, meu berço foi como o seu
E o mais sincero ou sereno
Padre Cícero, com o olhar, me fez um mísero réu
Meu lugar, meu papel, em uma prece
O santo trouxe o acalanto que o bando merece
Um conforta, outro tanto aquece
O pranto encerra, serra a paz como lista
Mulher e filha, cada irmão
Loucos são pro caderno de oração uma
Pela trilha quente, horas na vigília
A gente joga a dor no mar pra Iemanjá levar (sim!)
Crê na fitinha do Senhor do Bonfim
Que sem tecnologia, alcançou cada confim (confim)
Com a barba feita, camisa passada
Passo na direita, luz na caminhada
Meu pai, meu pastor, meu rei, meu senhor
Único que o sistema não pode pôr em número
Admiro a devoção, a fé, a mão que aperta a cruz no peito
E chora ao tocar os pé de Jesus do olho brilhante
Mesmo sendo tinta e cerâmica
Sinta que dá aos sinos sonoridade orgânica
Eu também levantei o braço de coração, vai vendo
Me senti sujo, me senti menos
Mundano, mano, à mercê da podridão
Já era e quem dera conter o poder do perdão
Nem onde fazer o bem é exceção, hein
Casos onde quem define a índole é a situação
E ainda que eu ande no vale da sombra da morte
Quando o martelo bate, quando falha a sorte
Quando seca o pote, quando some o norte
Cê não tá ligado? (Não)
Vai 'tar quando vê que tá tudo errado
E cada homem é um templo
Alheio ao nome e ao tempo
Sem posses materiais
À mercê do que o vento traz
Palavras cruas relatam
Isso é mais do que o motivo
Pelo qual os árabes se matam
De cabeça baixa, olhar fixo
Rente ao crucifixo fixo
Servo do Senhor
Guia-me pastor honesto
Pois não vejo Deus nas igreja
Mas em compensação
Eu vejo em todo o resto
(Obrigada, Jesus, obrigada de coração)
(Por mim, que estou aqui, Senhor)
(Te pedindo, te orando)
(De todo o meu coração, Senhor)
(Eu sou uma franciscana de todo o meu coração)
(Te peço, Jesus, abençoe...)
Eu dobrei joelhos, cerrei cílios, chorei
Lembrei do filho de Nazaré, rezei
Como quem move montanha, é!
Alá, Maomé, minha fé na procissão
Um na multidão com as tia
João, Bíblia, Alcorão, guia, mão
Homem fraco, inseguro arrepia no louvor
Hino de pecador do coração puro descalço
Vendo lágrima, tenso por dentro, calma
E a esperança então (ei!)
Vim pedir seu perdão
Terços não têm contas pra cada erro meu
Se serve de argumento, meu berço foi como o seu
E o mais sincero ou sereno
Padre Cícero, com o olhar, me fez um mísero réu
Meu lugar, meu papel, em uma prece
O santo trouxe o acalanto que o bando merece
Um conforta, outro tanto aquece
O pranto encerra, serra a paz como lista
Mulher e filha, cada irmão
Loucos são pro caderno de oração uma
Pela trilha quente, horas na vigília
A gente joga a dor no mar pra Iemanjá levar (sim!)
Crê na fitinha do Senhor do Bonfim
Que sem tecnologia, alcançou cada confim (confim)
Com a barba feita, camisa passada
Passo na direita, luz na caminhada
Meu pai, meu pastor, meu rei, meu senhor
Único que o sistema não pode pôr em número
Admiro a devoção, a fé, a mão que aperta a cruz no peito
E chora ao tocar os pé de Jesus do olho brilhante
Mesmo sendo tinta e cerâmica
Sinta que dá aos sinos sonoridade orgânica
Eu também levantei o braço de coração, vai vendo
Me senti sujo, me senti menos
Mundano, mano, à mercê da podridão
Já era e quem dera conter o poder do perdão
Nem onde fazer o bem é exceção, hein
Casos onde quem define a índole é a situação
E ainda que eu ande no vale da sombra da morte
Quando o martelo bate, quando falha a sorte
Quando seca o pote, quando some o norte
Cê não tá ligado? (Não)
Vai 'tar quando vê que tá tudo errado
E cada homem é um templo
Alheio ao nome e ao tempo
Sem posses materiais
À mercê do que o vento traz
Palavras cruas relatam
Isso é mais do que o motivo
Pelo qual os árabes se matam
De cabeça baixa, olhar fixo
Rente ao crucifixo fixo
Servo do Senhor
Guia-me pastor honesto
Pois não vejo Deus nas igreja
Mas em compensação
Eu vejo em todo o resto
Credits
Writer(s): Leandro Roque De Oliveira, / Casp, Tomaz Magaldi, / Curumin
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