Zen-Vergonha (feat. Beth Bruno)

Sobre o coqueiral, lua e um violão
Pronta a cenografia de segunda mão
Da zen-vergonha, vivo nessa praia
Sou da Baixada Fluminense e do Himalaia

Ao infinito, vale tudo ou nada
A escopeta é o zen-budismo da Baixada
O torniquete, o pau-de-arara e a saraivada
Minha aura, toma e dá porrada
Me finjo de Alain Delon, mas na realidade
Nessa terra é tudo Zé Trindade

Lentes de papel, última sessão
Vermelho e verde na terceira dimensão
E um trapalhão que é Dedé, Mussum
Ou Zacarias entrando em fria, gira e cai
No caldeirão, peixe, camarão
Dendê, farinha que tá podre, mas tá bão

Hermeto é mito, é guerra e paz, qual é a realidade
Se há sempre um sonho que me invade?
O meu pirão é transreal, por isso não desanda
Canguru é um bicho com varanda

Zen-vergonha é assim, assim
Muito curumim, vende pó e cola
E raspa, raspa o camarim
Fica cheio, assim, de tupiniquim

E aqui a Yoko rala um coco e joga ioiô
E o Lennon veste um terno branco, é gigolô
E o último há de ser o primeiro
A zonza da cigarra, o oco do cajueiro
E a revolta ainda maior

Hermeto é mito, é guerra e paz, qual é a realidade
Se há sempre um sonho que me invade?
O meu pirão é transreal, por isso não desanda
Canguru é um bicho com varanda

Zen-vergonha é assim, assim
Muito curumim, vende pó e cola
E raspa, raspa o camarim
Fica cheio, assim, de tupiniquim

Aqui a Yoko rala um coco e joga ioiô
E o Lennon veste um terno branco, é gigolô
E o último há de ser o primeiro
A zonza da cigarra, o oco do cajueiro
E a revolta ainda maior

Quem bebeu e bebe o meu suor?



Credits
Writer(s): Aldir Blanc, Aldir Blanc Mendes, Guinga
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