Crumis Ódamis

A diferença entre um trator e a beringela
É a proporção equivalente ao bem que eu sinto por ela
Isso é verdade
Na minha casa eu pego a faca e faço um furo
Pra olhar do outro lado o sol que tá ficando escuro

Vem cá, mulher
Que você tá bem arranjada, eu vou chupar seus olhos
E arrancar seus beijos na dentada, e vou comer de colher
Que é minha marca registrada, eu vou tão forte
Que o quarto fica fedendo a carne assada

Fico acordado mesmo morto de sono
Doido enrolado no ritmo que ela vai me impondo
Pra cada uma a palavra certa, a hora e o lugar
Só que onde eu moro não tem nenhuma pra eu olhar

(Eu sei que tem) eu sei que tem gosto pra tudo
A moda vai, a moda vem, o tempo passa e eu não mudo
E até pensando bem, filho da puta dum sortudo
Durmo mal, comendo bem, fazendo grana pelo mundo

Vou chamar a minha mãe
Que alguma coisa deu errado aqui
Vou chamar minha mãe
Sou local de Serra Pelada

Terra que tá sempre nua e toda cavucada
E qualquer um encontra o ouro naquela danada
Dizem que lá tem cachoeira e até campo de futebol
E que o dourado da calçada brilha mais que o sol

É a mulher que chama o homem pra dança
E só quem não tem limusine são as crianças
Eu vou voado, sou do povo do cerrado
Eu ô na estrada e se apertar deixe que
Eu passo de lado, de lado, de lado

Vou chamar minha mãe
Mosquito que não me deixa dormir
Vou chamar minha mãe
Sou local de Serra Pelada



Credits
Writer(s): Rodolfo Abrantes, Rodrigo Campos, Frederico Castro
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