Malva-rosa

Xaile verde, verde malva
Sacudida e toda airosa
Ainda mal rompia a alva
Saía de casa a rosa

E o esvoaçar do seu xaile
Trazia o povo intrigado
E a pobre rosa, afinal
Ia à missa erao mercado

A rosa que abrisse
Na sua roseira
Não tinha a maneira
Daquela morena
Ligeira, brejeira, formosa
Parecia uma pena, pequena
Essa rosa

Creio que desde criança
Aquele xaile a compunha
A ponto da vizinhança
À rosa pôr essa alcunha

Essa alcunha graciosa
De que já ninguém a salva
Chamavam-lhe Malva-Rosa
Com o seu xaile cor de malva

A rosa que abrisse
Na sua roseira
Não tinha a maneira
Daquela morena
Ligeira, brejeira, formosa
Parecia uma pena, pequena
Essa rosa

A rosa que abrisse
Na sua roseira
Não tinha a maneira
Daquela morena
Ligeira, brejeira, formosa
Parecia uma pena, pequena
Essa rosa



Credits
Writer(s): Linhares Barbosa
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