Bodas de Prata

Você fica deitada de olhos arregalados
Ou andando no escuro de penhoar
Não adiantou nada cortar os cabelos
E jogar no mar

Não adiantou nada o banho de ervas
Não adiantou nada o nome da outra
No pano vermelho pro anjo das trevas

Ele vai voltar tarde, cheirando a cerveja
Se atirar de sapato na cama vazia
E dormir na hora, murmurando: Dora
E você é Maria

Você fica deitada com medo do escuro
Ouvindo bater no ouvido o coração descompassado
É o tempo, Maria
Te comendo feito traça, num vestido de noivado



Credits
Writer(s): Aldir Blanc Mendes, Joao Bosco De Freitas Mucci
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