Monções

Baita carreirão que da'
Quase enverga o tronco do araça'
Cravejado no costão
Arrodeia as areias beira-mar
Quebra coco, carrega embarcação
Bate a porta em sussurro milenar
Pega fogo, borrifa inundação
Solta maldição no ar
Leva o canto de uma Sabia'
Pro outro lado do sertão
Traz de volta o lamento do Assum
Ergue a saia, resseca o coração
Faz garrafa vazia assoviar
No despacho pra orixa' nenhum
Donde vem, o que e' que vem?
Do fim do chão, insular
Donde vem, quem e' que vai
Se atrever, segurar?

Desnorteia o sarambe'
E batuca feito o rumpi le'
Quando arromba o bambuzal
Faz descer a bandeira do pai's
Tremular a toalha no varal
Vira a mesa da gente que e' feliz
Nesta casa do Pai Celestial
Donde vem, donde e' que vem
O que e' que vai carregar?
Donde vem, quem e' que vai
Se atrever, segurar?



Credits
Writer(s): Bernardo Diniz, Iara Ferreira
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